Conforme expõe Aldo Vendramin, os cavalos da raça Crioula são conhecidos por sua resistência, versatilidade e desempenho em diversas atividades, especialmente em provas de resistência e manejo de gado. No entanto, apesar de sua rusticidade, o clima exerce grande influência sobre a saúde e o desempenho desses animais. Fatores como temperatura, umidade, incidência solar e variações bruscas no tempo podem afetar o metabolismo, o comportamento e até a imunidade dos cavalos.
Descubra aqui os principais efeitos do clima sobre essa raça e como manejos adequados podem minimizar prejuízos.
Como o calor e a umidade afetam a saúde dos cavalos Crioulos?
Em regiões de clima quente e úmido, os cavalos Crioulos enfrentam desafios relacionados à termorregulação. A transpiração excessiva, aliada à dificuldade de dissipar o calor corporal, pode levar à desidratação e à fadiga precoce. Isso compromete o desempenho em atividades físicas intensas, como as provas de resistência. Além disso, como alude o senhor Aldo Vendramin, o calor favorece o surgimento de doenças de pele e parasitas externos, exigindo cuidados redobrados com a higiene e o manejo sanitário.

A umidade elevada também favorece a proliferação de fungos e bactérias, aumentando os riscos de infecções respiratórias e dermatológicas. Ambientes com pastagens encharcadas ou mal drenadas podem gerar problemas nos cascos, como laminite e podridão. Assim, é fundamental adaptar os sistemas de manejo conforme o clima da região, priorizando instalações secas, limpas e bem ventiladas. O uso de coberturas e drenagem adequada nas áreas de pasto também ajuda a evitar complicações.
O frio intenso compromete o rendimento dos animais?
Embora os cavalos Crioulos sejam naturalmente adaptados a climas mais frios, temperaturas extremas podem impactar negativamente seu rendimento. Segundo Aldo Vendramin, o frio excessivo aumenta a demanda energética do organismo, exigindo maior consumo alimentar para manutenção da temperatura corporal. Se a dieta não for ajustada adequadamente, o animal pode perder peso e força, prejudicando seu desempenho nas provas.
Durante atividades físicas no inverno, é importante cuidar do aquecimento e resfriamento gradual dos animais. Exercícios sem o aquecimento adequado podem provocar lesões musculares, especialmente em provas que exigem esforço explosivo ou prolongado. Da mesma forma, o resfriamento após a atividade deve ser feito lentamente para evitar choques térmicos. Em regiões de clima severo, o uso de mantas térmicas e o acompanhamento veterinário frequente são práticas recomendadas.
O clima influencia diretamente o treinamento e a performance esportiva?
O clima impacta não apenas a saúde, mas também o planejamento dos treinos e o desempenho em competições. Dias muito quentes ou chuvosos podem comprometer a qualidade do solo nas pistas, aumentando o risco de escorregões, torções e lesões. Isso exige adaptações nos exercícios, nos horários de treinamento e até na escolha das provas em que o animal participará. Treinar nas horas mais frescas do dia e respeitar os limites fisiológicos do cavalo são medidas importantes para evitar sobrecargas.
Além disso, o clima influencia o comportamento dos cavalos, afetando sua disposição para o trabalho. Alguns animais ficam mais agitados ou letárgicos dependendo da variação climática, o que exige atenção redobrada em provas que envolvem precisão e obediência. Por isso, como frisa o empresário Aldo Vendramin, o acompanhamento constante do estado físico e emocional do cavalo é fundamental.
Por fim, o clima exerce um papel decisivo no desempenho e na saúde dos cavalos Crioulos, influenciando desde a alimentação até o rendimento em pista. Temperaturas extremas, umidade e variações sazonais exigem adaptações no manejo, nos treinos e na rotina dos animais. Para Aldo Vendramin, conhecer e respeitar os limites impostos pelo clima é, portanto, essencial para a excelência na criação e no uso esportivo dos cavalos Crioulos.
Autor: ricky jones