A decisão da Comissão de Serviço Público de Michigan, que autorizou a construção do túnel destinado a abrigar o novo trecho do gasoduto da Linha 5, tornou-se um marco importante para a engenharia de dutos, conforme Paulo Roberto Gomes Fernandes. Embora o processo tenha ocorrido em 2023, ele segue sendo referência até hoje por evidenciar a relevância de soluções desenvolvidas fora do eixo tradicional da indústria, especialmente aquelas criadas pelo brasileiro Paulo Roberto Gomes Fernandes, cuja tecnologia já havia sido aplicada com sucesso em projetos no Brasil e em outros países.
A aprovação do túnel, uma estrutura de aproximadamente sete quilômetros, marcada por forte declive seguido de aclive, reabriu discussões sobre métodos construtivos mais seguros em ambientes confinados e, ao mesmo tempo, colocou empresas especializadas nesse tipo de operação em maior evidência. A Liderroll, reconhecida por seu domínio técnico em lançamentos de dutos em túneis, passou a ser citada como possível fornecedora de uma solução já validada em projetos complexos como o Gasduc 3 e o Gastau.
A experiência prévia destacada por Paulo Roberto Gomes Fernandes
Segundo Paulo Roberto Gomes Fernandes, que participou das discussões técnicas e chegou a apresentar alternativas à operadora Enbridge, o desafio do túnel de Michigan chamou atenção pela semelhança com casos já enfrentados no Brasil. A experiência acumulada em ambientes subterrâneos com condições adversas lhe permitiu descrever, ainda em uma audiência pública, os pontos críticos de engenharia e os fatores que determinam a segurança operacional do lançamento.
Em suas análises, ele destacou que as autoridades locais passaram a ter compreensão mais clara dos ganhos associados ao uso de sistemas motorizados, que reduzem riscos de acidentes, preservam o duto e permitem maior controle sobre movimentos em trechos de alta inclinação.
Entidades ambientais, autoridades locais e a complexidade regulatória
O túnel foi aprovado após anos de debates envolvendo pressões ambientais, preocupações com vazamentos e disputas judiciais entre o governo de Michigan e a própria empresa operadora. O histórico de incidentes, incluindo o choque de uma âncora naval contra o duto antigo, reforçou a percepção de que a estrutura existente exigia substituição em condições controladas.
A construção do túnel, segundo técnicos americanos, representou a saída mais prudente para reduzir riscos e garantir abastecimento energético para regiões que dependem da Linha 5. Ainda assim, grupos ambientais mantiveram objeções, apontando a necessidade de supervisão permanente e revisão contínua das etapas do projeto.
Tecnologia brasileira como alternativa reconhecida
De acordo com Paulo Roberto Gomes Fernandes, o trabalho desenvolvido pela Liderroll chamou atenção porque se baseia em patentes aplicadas especificamente para a movimentação de dutos em espaços confinados, permitindo controle preciso de tração, estabilidade e integridade estrutural. Em reuniões técnicas, representantes americanos reconheceram pontos apresentados pelo engenheiro brasileiro, inclusive incorporando ajustes de projeto que haviam sido sugeridos em análises enviadas previamente.
Essa interlocução reforçou o entendimento de que o túnel exigiria mais do que soluções civis tradicionais, seria necessário integrar engenharia mecânica, segurança operacional e dinâmica de movimentação do duto ao longo de todo o traçado subterrâneo.
Impactos futuros e a relevância de um precedente técnico
O episódio consolidou a visibilidade internacional da Liderroll e, principalmente, a contribuição de Paulo Roberto Gomes Fernandes para projetos que exigem elevada precisão técnica. A presença do engenheiro em audiências e reuniões com autoridades de Michigan mostrou abertura para cooperação internacional e evidenciou a necessidade de soluções comprovadas, especialmente em obras com risco ambiental ampliado.
Hoje, mesmo com o andamento do projeto seguindo seu próprio ritmo regulatório, o caso permanece como referência para estudos de dutos em túneis e modelos de mitigação de risco, fortalecendo a posição da engenharia brasileira nesse segmento especializado.
Autor: Ricky Nones