Imagem meramente ilustrativa
PMs da Rota matam mecânico negro sem bodycam em São Paulo
Em uma cena que pode ter sido capturada por câmeras de segurança, mas não foi possível verificar, um grupo de policiais militares (PMs) das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) efetuou disparos contra Alex dos Santos Silva, um mecânico negro de 29 anos, que estava saindo do trabalho na zona sul de São Paulo. A tragédia ocorreu no último dia 24 e causou grande impacto na comunidade.
De acordo com informações reunidas pela equipe de investigação, nenhuma das equipes da Rota que participaram da ocorrência usava bodycam (câmeras corporais) no momento dos disparos. Isso significa que não há imagens ou vídeos que possam ser utilizados como evidências para entender melhor os fatos. Sem esses registros, a única versão oficial sobre o caso foi dada pela Polícia Militar em um boletim de ocorrência (B.O.), que registrou o caso.
Os detalhes sobre o ocorrido foram fornecidos por um agente da Rota que não participou da ocorrência, mas trabalha no mesmo batalhão dos autores dos disparos. Segundo ele, a equipe estava em uma operação de combate ao crime organizado na região e Alex foi confundido com alguém suspeito. O mecânico teria sido atingido por vários tiros e morreu no local.
A falta de imagens do incidente levanta questões sobre a transparência da Polícia Militar em São Paulo. A utilização de bodycam é uma ferramenta importante para garantir que as ações dos policiais sejam registradas e avaliadas posteriormente. Além disso, ela também ajuda a evitar abusos e violações dos direitos humanos por parte das forças de segurança.
A comunidade local e familiares do mecânico Alex estão procurando justiça e querem que os responsáveis sejam punidos de acordo com as leis. A tragédia serve como um alerta sobre a necessidade de melhorias na forma como as polícias militares operam em São Paulo, especialmente no que diz respeito à transparência e ao uso de tecnologia para garantir a segurança das pessoas.